Little Words: Orgulho de Quem Sou
que emana do interior de cada um de nós, do que somos, e no respeito que deve existir quanto à preservação de tudo isso. É nessa singularidade que buscamos nos reafirmar diante de uma sociedade que, com o passar dos tempos, tenta nos transformar em seres iguais, para que, assim, possamos viver e consumir conforme o que se ordena.
Contudo, nós, fãs de Lady GaGa, movidos pela força que existe em assumir a personalidade de quem realmente somos, pouco nos preocupamos com o que pensam e falam sobre nós.
Tal assertiva foi reiterada na quantidade de pessoas à porta do estádio onde aconteceu o primeiro show da Born This Way Ball, em Seoul, nessa madrugada.
Mesmo com amplos protestos intolerantes, que possuíam ares de inquisições da Idade Média, mobilizados por uma parcela cristã (e hipócrita, é a verdade) de Seoul, endossados por um governo de postura fascista e pseudo democrático, os fãs compareceram ao show devidamente vestidos para um evento de gala, da forma como a Mother Monsterhavia solicitado, exibindo todo o orgulho de ser quem verdadeiramente são, sem se importar com o que tentaram lhes infligir na base da força quando anunciaram que o show podia ser cancelado e quando impediram que menores de idade pudessem assistir ao espetáculo, em evidência clara de uma censura aberta, sem qualquer receio ou forma de escamoteação.
Essa prova de amor por si mesmos, demonstrada pelos Little Monsters de Seoul, inevitavelmente, mexe conosco, mostrando-nos o quanto ainda nos retraímos e deixamos que pessoas como essas que tentaram impedir o show de GaGa, ameaçando apedrejar o estádio, ainda possuam grandes poderes sobre quem somos, tanto no campo pessoal, o que é mais preocupante, quanto no campo social e econômico. E isso é assustador, pois minha cabeça não consegue processar o fato de a felicidade alheia incomodar tanto a algumas pessoas senão há maior prazer que não seja viver da maneira que se quer, da forma que se é.
Mesmo com amplos protestos intolerantes, que possuíam ares de inquisições da Idade Média, mobilizados por uma parcela cristã (e hipócrita, é a verdade) de Seoul, endossados por um governo de postura fascista e pseudo democrático, os fãs compareceram ao show devidamente vestidos para um evento de gala, da forma como a Mother Monsterhavia solicitado, exibindo todo o orgulho de ser quem verdadeiramente são, sem se importar com o que tentaram lhes infligir na base da força quando anunciaram que o show podia ser cancelado e quando impediram que menores de idade pudessem assistir ao espetáculo, em evidência clara de uma censura aberta, sem qualquer receio ou forma de escamoteação.
Essa prova de amor por si mesmos, demonstrada pelos Little Monsters de Seoul, inevitavelmente, mexe conosco, mostrando-nos o quanto ainda nos retraímos e deixamos que pessoas como essas que tentaram impedir o show de GaGa, ameaçando apedrejar o estádio, ainda possuam grandes poderes sobre quem somos, tanto no campo pessoal, o que é mais preocupante, quanto no campo social e econômico. E isso é assustador, pois minha cabeça não consegue processar o fato de a felicidade alheia incomodar tanto a algumas pessoas senão há maior prazer que não seja viver da maneira que se quer, da forma que se é.
Apesar de ter sido encurtado e de ter sofrido represálias desde o momento em que foi anunciado (mas sabemos que tudo o que é novo e autêntico incomoda), o primeiro show daBorn This Way Ball foi muito mais do que podíamos ter tencionado.
Com um palco lindíssimo, figurinos impressionantes, um repertório de tirar o fôlego e a energia de sempre, GaGa, mais uma vez, celebrou a beleza de afirmar a individualidade, a identidade de cada um, não envaidecendo o que outros pensem acerca de você ou a maneira como tentam te moldar – ideal que a cantora defende desde sempre.
É questão indubitável que, ante tantos e grandes percalços, a estréia da nova turnê foi uma prova cabal de superação, tanto para Lady GaGa, que se manteve impecável durante toda a apresentação, quanto para os Little Monsters sul-coreanos, que exaltaram a exuberância de suas extravagâncias e o brilho que brota de si ao se revelar, ao se mostrar como se é.
Extremamente contentados e satisfeitos, contando em uníssono a música que dá nome à turnê, deixaram claro que nascemos, vivemos e nos orgulhamos de sermos assim.